sábado, 10 de março de 2012

Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf


"Sempre sentira que era muito, muito perigoso viver, por um só dia que fosse"

Anos 20, pós-primeira guerra mundial, um dia em Londres. Um dia quase banal se não fosse pela festa que Clarissa Dalloway tinha que organizar. Mas há mesmo na vida um dia banal quando nossos pensamentos nos levam a todo lugar, do inferno ao céu em segundos? Assim o livro nos conduz, passando de uma mente a outra, entrando no íntimo dos personagens através de seus pensamentos e anseios. E não há nada mais pessoal, revelador e solitário do que isso.

Acompanhamos os personagens, andando por Londres e moldando a vida da Mrs. Dalloway do título, inclusive pela própria. É um rascunho de uma época e uma obra prima de um ser humano. "Não desejava morrer, a vida era boa, o sol aquecia, se não fosse os seres humanos...". Sem dúvida Mrs Dalloway era muito mais do que uma anfitriã e, sem dúvida, um dia pode ser uma vida.

E acho que essa minha vontade de ser sucinta e fazer poesia em uma resenha vem da tradução do livro a cargo de Mario Quintana.

"Este é um privilégio da solidão: pode a gente fazer o que bem nos parece. Pode-se até chorar, se ninguém está olhando"

2 comentários:

Francine Ramos disse...

Muito bom seu post! Curto, rápido e eficiente! :)
Eu pesquiso muito a vida e obra da Virginia Woolf, adorei chegar, sem querer, por aqui.

um beijo e boas leituras

Unknown disse...

Que lindo!